destaques
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vistacurta 2020:
Abertura e encerramento
"Mabata Bata" (Sol de Carvalho, 2018, 74')
"O que Arde" (Oliver Laxe, 2019, 90')
Anunciamos as sessões de abertura e encerramento da edição vistacurta 2020.
Terça 27 terá a primeira noite de projecções com Mabata Bata de Sol de Carvalho — a inaugurar um olhar sobre histórias de países africanos de língua oficial portuguesa. A sessão é apresentada por Sol de Carvalho, numa entrevista concedida pelo realizador Rui Simões.
Adaptação do conhecido conto de Mia Couto “O Dia em que Explodiu Mabata Bata”, que nos fala de Azarias, um jovem pastor que um dia vê explodir o seu melhor boi, Mabata Bata, por causa de uma mina terrestre. Mabata Bata, do realizador Sol de Carvalho (Beira, 1953), foi o filme vencedor, em 2019, da 1.ª edição do Prémio António Loja Neves, criado pela Federação Portuguesa de Cineclubes para homenagear o cinema africano de expressão lusófona. O júri disse: Um filme que se destaca pela sensibilidade do seu olhar humanista e solidário e pela actualidade da sua temática, mesclando com inteligência e delicadeza a tradição cultural africana com as feridas recentes e ainda não saradas da guerra civil em Moçambique.
Ver o trailer de "Mabata Bata" →
A sessão de encerramento fica a cargo de O que Arde de Oliver Laxe, produção galega que recebeu o Prémio do Júri no Festival de Cannes 2019. No IPDJ a 31 de Outubro.
O filme de Oliver Laxe, inspirado nos trágicos incêndios que marcam a região e no regresso de um homem de meia-idade à vida rural, após sair da prisão, mostra uma beleza tão provocadora como hipnótica, ancorada na sensibilidade muito própria do realizador franco-espanhol (que se assume como galego). Em 2019, o realizador Oliver Laxe (Paris, 1982) fez história ao tornar-se no primeiro cineasta espanhol, depois de Victor Erice, a ver seleccionadas as suas três primeiras obras para o Festival de Cannes, e o único a ser premiado em todas as participações. Fechamos a edição 2020 vistacurta iluminados pelo fogo de O Que Arde. Uma experiência única.
Laxe observa, com a generosidade de olhar de um Truffaut ou de um Téchiné dos bons tempos, essa tentativa de reintegração de um homem na sua comunidade, enquanto torna a paisagem numa parte inteira do filme.
Público
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