DA REGIÃO PARA O CINEMA
— PRODUÇÃO LOCAL
Francisca Marvão e Tatiana Saavedra
O DESCANSO NA INTENSIDADE DAS CORES
2017, 21'
Na aldeia de Sapanta, na Roménia, o ciclo da vida é o quotidiano. Entre o preto e outras cores, entre a morte e a vida, habita-se a terra. A morte é carpida, rezada, enterrada. Mas há uma arte de dar cor à morte, nas cruzes de cores vivas e retratos minuciosos, que encabeçam as campas. Também se nasce em Sapanta. Entre gentes e espectros, entre pavões e árvores.
FRANCISCA MARVÃO Realizou e escreveu a curta-metragem A Lucidez do Absurdo (2013), exibida em vários festivais nacionais e internacionais. Recentemente, filmou e editou uma série documental de 14 episódios sobre cantoras portuguesas, para o canal Globo. Em 2017 realizou duas curtas-metragens seleccionadas para vários festivais.
TATIANA SAAVEDRA Vencedora do concurso europeu CIAKL, nas categorias de melhor ideia, melhor projecto e melhor negócio, com a série documental Under The Light. Recentemente, filmou e editou uma série documental de 14 episódios, para o canal Globo. Responsável pela produção de vários videoclips e publicidades.
Francisca Marvão
PALAVRAS PARA QUÊ
2017, 17'
Semana após semana não há edifício que, sob o pretexto de requalificação, não esconda uma expropriação ou uma especulação. Com ele actividades com história, que conformam as vivências de um bairro. O Palmeiras no Chiado, o Pirata nos Restauradores, são exemplos significativos, porque agarrado a cada laje vêm histórias aos magotes. Exemplos não faltam.
FRANCISCA MARVÃO (Biografia em O Descanso na Intensidade das Cores.)
Phillip Hoak
GRINGO ANDINO (A JOURNEY THROUGH THE ANDES)
2017, 4'
Uma viagem pela América do Sul acompanhada pela voz de Mario Vargas Llosa, laureado com o Nobel da Literatura. A efemeridade da vida e das raízes que não são as bandeiras nem os hinos, são os sítios onde nos sentimos vivos e parte de algo maior.
PHILLIP HOAK Foi seleccionado para o Festival U-Frame no Porto e para o Prémio Primeiro Olhar nos Encontros de Viana do Castelo, em 2008, com o documentário City Hall Crew. Vencedor do Festival Lisbon Village Xpress 2007 com a curta-metragem Lazarus, exibido no Cinema S. Jorge. Realizador e editor na produtora Lobomau, de 2014 a 2016.
Pedro Caldas
A LUZ DOS DIAS COMPRIDOS
2018, 17'
Uma cidade de média dimensão. O bairro do liceu. Naqueles dias em que as férias grandes estão a começar, ainda incertas, porque os resultados escolares as podem estragar. Sem aulas e antes de partir para férias, há luz até depois do jantar, com muitas horas para preencher. Os dias compridos transformam-se num tempo suspenso.
PEDRO CALDAS Realizou documentários e nove curtas-metragens para cinema, tendo várias sido premiadas nacional e internacionalmente. O seu filme Guerra Civil ganhou o prémio para a melhor longa-metragem portuguesa no IndieLisboa 2010 e o Prix Jury Jeune no BlackMovie Film Festival 2013 de Geneve.
Hugo Magro
TERRA BESTA
2017, 9'
O burro é talvez o único animal que sabe como tudo foi em vão. O seu modo brando, pesaroso também, é o de quem ouve uma interminável e dura confissão, enquanto parece ter os ossos e a carne envolvendo um suspiro. Com ele, a poesia é acolhida no chão e envolvida no pó e no vento. As cores abatem-se, a imagem surge terrosa. Vale todo um reino, o burro.
HUGO MAGRO Nasceu em Lisboa. Começou a filmar e a realizar em 2013. Tem vindo a participar em projectos de cinema, literatura, teatro e música. Da sua filmografia fazem parte: •••---••• (2013), Não Humano (2015).
Gonçalo Loureiro
SHEILA
2018, 15'
SHEILA <3 JOTTA
Depois de Marasmo, exibido no vistacurta 2015, regresso de Gonçalo Loureiro com o seu novo trabalho, estreado em Vila do Conde 2018.
GONÇALO LOUREIRO Natural de Viseu, licenciado em Cinema e Audiovisual pela Escola Superior Artística do Porto, onde realizou O Filho da Mãe, rodado em 35mm. A curta Marasmo, reconhecida em vários festivais, foi distribuída no circuito comercial português.
João Pais da Silva e André Rodrigues
LUZ VERMELHA
2017, 13'
Uma casa isolada. Uma mulher recebe um misterioso telefone vermelho. Por uma noite, o telefone irá controlá-la. Por uma noite, será o seu pior pesadelo.
JOÃO PAIS DA SILVA Em 2010 finalizou o Curso Profissional de Multimédia e iniciou trabalho como operador de câmara e editor de vídeo. Em 2017, finalizou a licenciatura em Cinema pela UBI. Em 2016 foi director de fotografia e produtor do filme Criados na Serra.
ANDRÉ RODRIGUES Natural de Tábua. No meio de videoclips e publicidade, já teve trabalhos premiados em festivais, como o filme Criados na Serra, estreado no Doclisboa e vencedor do Prémio Panorama Regional e Menção Honrosa do Júri da Juventude no CineEco 2017.
Melanie Pereira
AOS MEUS PAIS.
2018, 29'
Um auto-retrato. Uma homenagem aos pais emigrantes. Setecentas e setenta e sete vezes.
MELANIE PEREIRA Estudante de Cinema e Audiovisual no Porto, realizou três curtas-metragens: Povo que cais descalço, Até quando? e Aos meus pais., tendo participado em projectos académicos como directora de fotografia, operadora de câmara e editora de imagem. Encontra-se em pós-produção de uma curta realizada numa residência artística em Proença-a-Nova, assim como na escrita de um trabalho de investigação sobre Teresa Villaverde.
Cine Clube de Viseu, 2019.
Rua Escura 62, 3500-130 VISEU. (+351) 232 432 760 geral@cineclubeviseu.pt cineclubeviseu.pt facebook.com/ccviseu